Manuel Alegre discordou de algumas das políticas seguidas pelo governo de José Sócrates, votou contra alguns diplomas, como por exemplo o famigerado Código do Trabalho. Com ele votaram quatro deputadas do grupo parlamentar socialista (Teresa Portugal, Júlia Caré, Eugénia Alho e Matilde Sousa Franco).
Esteve presente sempre que a Democracia e a Liberdade estiveram em perigo, sofreu o exílio, a cadeia, mas nunca deixou de lutar pelo seu País.
Não aceitou o lugar de candidato a Deputado que lhe foi oferecido pela direcção do partido, viu com magoa os seus apoiantes serem afastados das listas, foi mal tratado por alguns dirigentes nacionais e distritais que se esqueceram, por momentos, que foi devido ao espírito de sacrifício de Alegre e de Homens como ele que hoje é possível a essas pessoas falarem em liberdade e estarem nos lugares que ocupam.
Ontem, pós de lado a diferenças e mais uma vez deu o exemplo, esteve presente em Coimbra no maior comício do PS nestas eleições.
Fê-lo por achar que o seu partido e o seu País precisavam da sua presença, apelando ao voto no PS afirmando: “estou aqui para afirmar a unidade do PS no essencial – e o essencial é derrotar o PSD, é impedir que venha um governo de direita que rasgue as políticas sociais e instaure um Estado mínimo para os pobres e um Estado máximo para os poderosos.” (ver excerto aqui: http://manuelalegre.com/index.php?area=1100&id=1487)
Com ele estava também Teresa Portugal, que também foi afastada das listas de candidatos, apoiando Ana Jorge, cabeça de lista pelo distrito e José Sócrates candidato a Primeiro Ministro.
Portugal precisa de Homens e Mulheres assim, que põem de lado as suas divergências e nas horas difíceis, se unem à volta de uma causa comum, a defesa de um Portugal mais Justo, Livre e Fraterno.