09 de Junho de 2011

A comissão nacional do Partido Socialista reunida anteontem fez o esperado… Marcou para o final do mês de Julho as eleições para eleger o novo Secretário Geral.

 

Mais do mesmo, não se pensa que as pessoas estão de férias, que não há qualquer tempo para um candidato apresentar as suas ideias, apresentar um projecto concreto… Vamos eleger um sucessor por eleger.

 

Mais uma vez, vamos na onda, não é preciso programa, não são precisas ideias… isso fica para o congresso… o SG já estará eleito, depois os militantes votam na moção dele… e pronto! Está resolvido o assunto.

 

O Partido Socialista precisa urgentemente de mudar esta cultura, de se abrir, de ouvir os seus militantes, de os chamar a participar nas decisões e, sinceramente, não vejo em qualquer dos candidatos que se perfilam, e anunciaram a sua candidatura, vontade de o fazer.

Manter os mesmos, da muito menos trabalho…

 

Pode ser que me engane, ou que apareçam outros com vontade de o fazer. Tenho uma ideia muito concreta sobre quem poderia liderar o Partido e a Oposição neste momento.

 

Mas já, as máquinas se movimentam… Ainda não temos programas, ideias, linhas de acção e já se contam espingardas… recebi de um lado e de outro convites para me juntar a eles, seja em jantares ou reuniões para formar listas e dar apoio…

 

Não respondi a qualquer dos lados, quero votar em programas, em ideias!

 

O meu entendimento é outro, é o bem do Partido, porquê isso será o bem para Portugal!

 

Olho para o Eduardo Ferro Rodrigues como um homem capaz de ser o líder da oposição, cabeça de lista eleito pelo circulo de Lisboa, amplamente reconhecido, tanto dentro como fora do partido, em Portugal e no estrangeiro. Seria certamente um excelente secretário Geral e líder da oposição.

 

Para Presidente do Partido deveríamos eleger Manuel Alegre – tenho muitas dúvidas que aceitasse – mas poderia organizar e liderar por dentro, a abertura do partido. Criando condições para que nos preparemos para daqui a 4 anos nos apresentarmos ao eleitorado com  cara lavada e com um programa, uma forma de estar completamente novas, e que de certeza fariam com que o eleitorado olhasse para nós, novamente, como o Grande Partido da Esquerda Democrática. Como o Partido que soube entender os apelos, reformulando-se, adquirindo novas praticas, nunca esquecendo a sua Declaração de Princípios, como documento fundador e orientador.

 

Eu não queria ter falado em nomes tão cedo, mas a precipitação da CN do partido, a isso me obrigou. Preferia ter falado com mais pessoas antes de os pôr em cima da mesa. Sobretudo, obviamente, com os próprios.

 

Isso não foi possível.

 

Continuarei a insistir na tónica de mudar o paradigma!

 

um uivo de Pedro Tito de Morais às 15:25

06 de Junho de 2011

O Partido Socialista perdeu as eleições. Era obvio, era esperado, ouve-se na boca de toda a gente. A culpa foi do José Sócrates, dizem também… ainda bem que se demitiu…

 

Mas o grande problema é que a derrota não pode ser  só atribuída ao Secretário Geral, ele terá sem dúvida uma grande quota parte da culpa, foi ele que escolheu os ministros e secretários de estado, e demais dirigentes para o governo.

 

Não podemos esquecer, é que os dirigentes socialistas foram escolhidos em congresso, por delegados eleitos pelos militantes – certo que as listas foram apresentadas pelos candidatos a SG – limitando assim a escolha do militante de base.

 

A demissão de José Sócrates de Secretário geral na noite das eleições, atitude muito nobre que seja, não deixa espaço a uma reflexão profunda sobre os problemas que enfrentamos. O mais natural é eleger um novo secretário geral, saído da actual “classe” dirigente do Partido e que essa “classe” se eternize na direcção, não abrindo espaço a novas ideias e a novas soluções.

 

O Partido Socialista, precisa de Olhar para dentro e perceber o que está mal, precisa de olhar para fora e perceber o que o Pais aspira.

 

A estrutura orgânica do PS vai ter de reflectir a estrutura orgânica que defendemos para o Portugal, a representação nos órgãos directivos do partido têm de ser um espelho disso mesmo.

 

A forma de eleger a Comissão Nacional, tem de representar isso mesmo, o real peso do Partido em cada distrito. Os Deputados eleitos pelo PS em cada circulo eleitoral terão de ser escolhidos pelos militantes desse circulo. Os cabeças de lista não podem continuar a ser escolhidos no segredo dos gabinetes.

 

A vida dos nossos dirigentes têm de ser transparente, pública. Não podemos estar sujeitos à maledicência e à mentira, tendo de responder a cada momento e de formas nem sempre claras – pois o momento politico não o permite – Os dirigentes do Partido devem assumir que ao assumir esses cargos, a sua vida passa a ser pública e transparente, sendo eles os primeiros a disponibilizar toda a informação.

 

A promiscuidade entre política, negócios e futebol, entre outros, tem de acabar. No PS ou se está numa coisa ou se está na outra.

 

Muitas outras coisas há para discutir e muitas propostas vão aparecer em cima da mesa, a seu tempo eu próprio apresentarei algumas.

 

Uma coisa é certa, se ficarmos assim… vamos perder toda a credibilidade.

um uivo de Pedro Tito de Morais às 20:26

02 de Outubro de 2010
Manuel Alegre – Logo 2011
Já estão em linha todos os endereços oficiais de rede por onde passarão as acções da campanha eleitoral de Manuel Alegre. A sua divulgação por blogs simpatizantes será sempre bem-vinda, assim como a divulgação dos logótipos de campanha.

Site de campanha: http://manuelalegre2011.pt/

Facebook: http://www.facebook.com/manuelalegre2011

Twitter: http://twitter.com/alegre2011

Flickr: http://www.flickr.com/photos/manuelalegre2011/sets/

Youtube: http://www.youtube.com/manuelalegre2011

A eleição de Manuel Alegre para Presidente da República não é um facto consumado. Ela dependerá dos votos que entrarem em urna e cada um de nós tem o seu papel a desempenhar para que eles sejam em maioria.

Vamos eleger o nosso Presidente.

um uivo de Luis Novaes Tito às 22:59

17 de Maio de 2010

Artigo de Manuel Alegre no Diário de Notícias de 16 Maio

 

O novo pacote de medidas de austeridade deve ser analisado segundo três grandes dimensões:

1. A dimensão financeira global
A crise financeira mundial foi fruto da desregulação dos mercados. Não é possível resolvê-la repetindo as mesmas receitas. É urgente um novo paradigma e uma nova regulação financeira global que, entre outras coisas, ponha termo à desvergonha especulativa, ao poder excessivo das agências de notação de dívida e à criação de produtos tóxicos. É o que defende, por exemplo, Paul Krugman, que alerta também para o facto de a ideologia conservadora que justificou a desregulação continuar a resistir a qualquer mudança. Se não houver reformas, é inevitável um novo desvario financeiro e o recrudescimento do processo que provocou a crise actual. Com consequências porventura muito mais graves. E com o risco de colapso do sistema actual sem a existência de um modelo alternativo. Uma espécie de queda do Muro de Berlim ao contrário. Sem nada de um lado e do outro.

2. A dimensão europeia
Durante a recente crise, a UE primou pela falta de comparência. A esta não existência juntou-se a passividade do Banco Central Europeu. Ou cumplicidade, com o financiamento dos fundos especulativos a juros baixos pelo próprio BCE, através de emissões de moeda para a banca comercial tendo como garantia as próprias dívidas dos Estados. Só pela pressão do ataque especulativo é que a UE resolveu agir. Criou o Fundo de Estabilidade Financeira e fez uma espécie de ultimato a vários Estados, entre eles Espanha e Portugal. Outros mecanismos, como o reforço da supervisão e a criação da agência de rating europeia estavam previstos desde 2008. Mas ficaram no papel. Como declarou Jacques Delors, a Europa não pode ser apenas um projecto de moeda única, tem de ser um projecto económico e social, que assegure o crescimento, o emprego e a coesão.

3. A dimensão imediata e nacional
A situação portuguesa é complicada, devido à dívida externa (sobretudo privada) e às fracas expectativas de crescimento. As medidas agora aprovadas como resposta à exigência do acordo europeu para garantir a estabilidade do euro e enfrentar os ataques especulativos destinam-se a dar maior credibilidade ao País para o exterior. Trata-se de diminuir o défice e a dívida para preservar a soberania e recuperar maior autonomia de decisão. É necessário que sejam explicadas com clareza, verdade e rigor. Sem pedidos de desculpas nem evasivas. E é sobretudo necessário que sejam enquadradas numa visão estratégica para o futuro, com garantias de que são transitórias e serão completadas por outras que tenham em conta a economia e abram perspectivas ao crescimento e ao emprego. Segundo alguns economistas, poder-se-ia talvez, como acentuou o Dr. António Carlos Santos, ter dado, do lado da despesa, mais atenção ao desperdício, nomeadamente em institutos e empresas municipais que não se justificam. Do lado da receita, deve reconhecer-se que houve um esforço na repartição da carga fiscal. Há quem sugira que podia manter-se a taxa reduzida do IVA (expurgando produtos que estão a mais nesta lista) e também garantir a intangibilidade do mínimo de existência no IRS. Recorde-se que Obama criou um imposto sobre a banca e que, em Espanha, ao contrário de Portugal, a banca paga um imposto superior à generalidade das empresas.

Ninguém gosta de medidas que vão penalizar os portugueses como o imposto sobre o trabalho e sobre o consumo e a redução de algumas prestações sociais como o subsídio de desemprego. O problema está em saber se havia alternativa. Não sou pessoa para se esconder e fugir às suas responsabilidades. É minha obrigação política reconhecer que esta é uma hora de dar a cara e enfrentar sem subterfúgios a dura realidade. Desejo, obviamente, um alargamento do diálogo, quer no plano parlamentar quer no plano social. Parece-me igualmente necessário que o plano para as finanças públicas seja acompanhado por um plano para a economia, tendo em vista o crescimento e o emprego.

Finalmente: como afirmou o prof. José Reis a um jornal brasileiro – "Só quando as economias industrializadas refundarem o seu modelo social e político e a UE se reinventar através de novas formas de economia mista, em que Estado, mercado e sociedade encontrem uma nova relação, assente no emprego e no bem-estar, será razoável pensar na superação da crise."

Portugal sozinho não pode mudar o mundo. Mas pode pensá-lo e pensar-se numa outra perspectiva, para que não se entre num novo ciclo de austeridade, recessão, mais austeridade, mais recessão e mais desemprego. Os políticos têm de ter a coragem de assumir e partilhar as horas e medidas difíceis. Mas também o talento para inventar novas soluções e abrir novos horizontes.

Manuel Alegre


30 de Abril de 2010

Manuel Alegre
"Manuel Alegre vai anunciar a formalização da sua candidatura à Presidência da República com uma declaração pública na 3ª feira, dia 4, nos Açores. A intervenção terá lugar no Salão Nobre do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, pelas 18,30 horas locais (19,30 no continente e na Madeira)."

um uivo de Cães como tu às 10:00

26 de Abril de 2010

Trova do Vento que Passa, de Manuel Alegre, 1963.

Da balada de António Portugal e Manuel Alegre, um hino à liberdade, interpretada e cantada por Adriano Correia de Oliveira, Amália Rodrigues, entre outros.

 

 

(Este vídeo faz parte do DVD "Portugal de Todos", Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República em 2006)

um uivo de Cães como tu às 10:00

Chico Buarque, "Tanto Mar"

 

um uivo de Nuno David às 00:43

11 de Abril de 2010

"Numa sociedade em que cada um tenha algo a guardar e pouco a tomar, será difícil a ocorrência de revoluções violentas" (A. Tocqueville). Para o autor de A Democracia na América, nas sociedades democráticas, em comparação com as velhas aristocracias, os pobres seriam em pequeno número e, além disso, não estariam "ligados por laços de uma miséria irremediável e hereditária, enquanto que os ricos, além de pouco numerosos, não permitem que os seus privilégios atraiam os olhares..." (Idem).

Esta noção de "classe média", relativa à pequena burguesia proprietária dos EUA do século XIX, mudou profundamente ao longo do século XX. Nas sociedades industrializadas do Ocidente, e na Europa em particular, a importância social e política da "nova classe média assalariada", sobretudo a partir da II Guerra Mundial, conferiu-lhe um outro significado, relacionando-a não só com o fenómeno da "mobilidade social" mas também com o papel do Estado. Porém, a relação directa entre a "classe média" e a "luta de classes" - ou, para usar uma linguagem menos conotada, o conflito estrutural - tem permanecido ao longo dos tempos. Enquanto o progresso económico (e tecnológico) pareceu infindável, pensou-se que o crescimento dos white collar seria igualmente ilimitado. No sector privado ou à sombra do Estado social, o imparável reforço da classe média era a garantia da coesão social. Quanto maior a classe média menor a conflitualidade. Isto porque a mobilidade social não se refere apenas a trajectórias de "subida", mas cria a ilusão de subida.

Em Portugal, não obstante a comprovada pequenez da classe média, as subjectividades colectivas trataram de a ampliar artificialmente. Assim, a nossa história recente diz-nos que, mais do que as oportunidades oferecidas aos que tinham "mérito", a mobilidade inseriu-se nos processos de rápida recomposição da estrutura social - sobretudo enquanto foram precisos novos profissionais para alimentar o sector público -, gerando o chamado "efeito escada rolante". Se a família X se via a si mesma em processo de subida era porque se comparava com a condição de origem (ou dos seus antepassados), isto é, era mais fácil ver quem estava para trás do que "os de cima", embora estes subissem a um ritmo igual ou maior. Apesar de tudo, os movimentos ascendentes, se bem que "de curto alcance", tiveram algum significado até ao início da década precedente. Sendo subjectivamente ampliados, funcionaram como ideologia adaptativa, e com isso contribuíram para a relativa estabilidade social. Inseridos nas camadas mais baixas da classe média, esses sectores puderam sonhar com o conforto de um status de pequena burguesia acomodada e consumista. Mas, verdadeiramente, nunca consolidaram a sua posição, antes se viram rapidamente estrangulados com tanta dívida, e estão hoje à beira de um novo "deslizamento" para as franjas dos estratos mais baixos da sociedade. Com a agravante de terem ampliado os índices de privação relativa (e, portanto, o descontentamento e potencial revolta).

Enquanto os estratos superiores funcionaram como "classe de serviço", sendo recompensados pelo seu papel de apaziguadores da conflitualidade (e de veículos da ideologia tecnocrática), os estratos "médios-baixos" não passaram de "zonas tampão" de carácter transitório. É verdade que o estatuto da nova classe média também resultou de conflitos. As lutas sindicais na área da educação são apenas um exemplo disso, entre outros. Todavia, se até recentemente essas lutas foram sobretudo de natureza corporativa, é possível que no futuro elas aumentem em amplitude e intensidade. Se a pobreza no nosso país não é propriamente um fenómeno raro, no actual quadro de crise económica e de fortes medidas de austeridade, com o congelamento de carreiras e remunerações, os ataques à administração pública, o crescimento do desemprego e da precariedade, em suma, com o recuo do sector público todos estes segmentos saem fortemente penalizados. Pode, por isso, ser desastroso pôr a classe média a pagar a factura da crise ou fazer aprovar um PEC que a toma como seu alvo principal. Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

 

Publicado no jornal Público, 10-04-2010


08 de Abril de 2010
Manuel Alegre

 

 

"O miúdo que pedalava num carro de quatro rodas poderia dizer, como eu próprio já disse: Isto é o que sei de literatura.

 

Mas ainda falta acrescentar que o miúdo que tocava piano sobre a mesa viu Miguel Torga no hospital segurando o caderno e a caneta como quem, no campo de batalha, ferido de morte, não larga as armas. Eram já poucas as forças, mas a mão mantinha-se firme na caneta e no caderno. Não queria ser apanhado desprevenido (ou desarmado) se uma vez mais lhe aparecesse aquele primeiro verso, que sempre nos é dado, como costumava dizer. Estava preparado, porque nunca se sabe, como se diz na Bíblia, quando vem o sopro e de que lado sopra. A terra respira de muitas formas. Pela boca do vulcão Santiago, pela flauta de Camilo Pessanha, pela grafia do poeta que escrevia pela noite dentro, pelas primeiras e pelas últimas palavras de Sophia e, sobretudo, pela sua entoação de um ritmo já só ritmo. E pelo pulso de Miguel Torga, por aquela mão antiga a segurar o caderno e a empunhar a caneta até ao fim."

 

Um poema feito prosa pela mão de um poeta presidente, coisa que não pode deixar um País indiferente.
um uivo de Luis Novaes Tito às 01:27

04 de Abril de 2010

 

 

"O Miúdo que Pregava Pregos numa Tábua," o novo livro de Manuel Alegre, é o tema de capa da revista Ler de Abril. Na revista Ípsilon, Isabel Coutinho conclui no final da entrevista a Manuel Alegre, "Mesmo depois de crescido, o miúdo que pregava pregos numa tábua está convencido de que a poesia é um processo mágico." Também na revista NS, o Míudo é tema central de uma entrevista, onde Alegre afirma uma certeza em tom de desafio: "Sou, dos candidatos às presidenciais, o único que entrou em combate."

 

 

 

 

 

O lançamento do livro realiza-se na 4ª feira, dia 7 de Abril, pelas 19.30. A sessão terá lugar no Palácio das Galveias, ao Campo Pequeno, em Lisboa, e conta com uma intervenção da Professora Doutora Paula Morão.

 

Os Cães como tu, e como nós, vão la estar.

 

um uivo de Nuno David às 21:59

27 de Março de 2010

 

 

 

Ser Presidente da República não é só ser o guardião: não é ser somente o titular de deveres e poderes. É também ser o intérprete, o promotor e o mobilizador.

Inspirar e animar a construção colectiva de um caminho em que os direitos sociais sejam respeitados e em que a ética republicana prevaleça.

Eis o desafio que temos pela frente. E por isso não basta repetir a candidatura de há cinco anos. É preciso muito mais.

O PSD já tornou claro que considera a reeleição do actual Presidente uma condição fundamental para o seu regresso ao poder. Na próxima eleição presidencial não estará só em causa a escolha de um Presidente. A direita já percebeu. É tempo de toda a esquerda perceber também.

Eu não me resigno, eu não me conformo. E assumo as minhas responsabilidades. Espero que outros saibam assumir as suas e é tempo de assumirem as suas, se não querem que a direita volte a ganhar as presidenciais. Mas a responsabilidade não é minha, não é vossa, não é nossa.

Há um país e um combate que chamam por nós.

Sei que é difícil mas é possível vencer. E é possível mudar.

Viva a República.

Viva Portugal.

Manuel Alegre

 

Discurso integral aqui.


15 de Março de 2010

MagritteNão terminou especialmente bem o megacomício que o PSD promoveu este fim-de-semana em Mafra.

 

Ou por outra, o megacomício correu bem porque conseguiu sacar o tempo de antena e de propaganda que Manuela Ferreira Leite nunca obteve no decurso da sua triste passagem pela liderança do Partido Social Democrata, mas o Congresso correu mal porque mostrou, uma vez mais, um PSD incapaz de fazer os trabalhos de casa e a irresponsabilidade dos candidatos à liderança que revelaram impreparação para liderarem os seus processos.

 

Alberto João já tinha dado o sinal quando se vingou de Passos Coelho indo-se sentar ao lado de Paulo Rangel. Mostrou bem a prepotência que todos lhe conhecemos e a intolerância à crítica. Não sei se votou positivamente a norma da asfixia estatutária que há muito aplica na Madeira, mas deve ter ficado a rir-se por ter visto aprovado, em Congresso Nacional e em conluio com todos os candidatos à liderança, uma regra que nem o PCP se atreveria a incluir nos seus estatutos.

 

Faz o que eu digo, não faças o que eu faço, lema velho de Ferreira Leite que parece ter seguimento no senhor que se segue. Ninguém ouviu, anteriormente à aprovação da proposta de Santana Lopes, qualquer reparo ou demarcação pública que alertasse para a cláusula da vergonha.

 

A impreparação foi evidente e a politiquice mais uma vez se impôs quando tiveram de reagir perante um País indignado que os fez declarar a intenção de revogar o que o Partido tinha acabado de aprovar sem que qualquer um deles se tivesse manifestado.

 

Isto passou-se num Congresso que tinha sido convocado para analisar e votar meia dúzia de pontos dos seus Estatutos. A matéria não lhes mereceu estudo nem sequer leitura.

 

Fica a chamada de atenção para o que esta gente será capaz de fazer quando e se tomar o poder. Para quem tanto tem apregoado a asfixia/claustrofobia, com base em rumores e boatos, ficamos conversados.

 

A direcção cessante, o seu mentor JPP e o futuro líder do PSD bem podem continuar a propagandear a condição de paladinos da liberdade de expressão. Todos eles são coniventes com este atentado à democracia e todos eles deixaram bem patente aquilo de que serão capazes no País.

 

Impreparados, prepotentes, censores, politiqueiros e irresponsáveis. Contra factos não há argumentos.

 

(Também publicado no a Barbearia do senhor Luís)

um uivo de Luis Novaes Tito às 13:06

09 de Março de 2010
 
 
   

 

Ver mais aqui.

um uivo de Cães como tu às 03:17

25 de Fevereiro de 2010

 

 

Ora, e o Web site renovado de Manuel Alegre tem secção para expressar apoio.

 

Eu já apoiei.

Para quem quiser fazer o mesmo:

http://www.manuelalegre.com/405000/1/index.htm

Vale a pena, até porque Portugal é de todos!

Apoiar um candidato capaz de garantir o bom funcionamento das instituições e do sistema político, mudar Portugal numa estabilidade sustentada, com mais entusiasmo e coragem.

Mas um Presidente também com capacidade de mobilização, dimensão política, capaz de comunicar com os cidadãos, capaz de falar, ouvir e ser ouvido, com peso histórico e cultural para representar Portugal.

 

Manuel Alegre

 

um uivo de Nuno David às 16:53

23 de Fevereiro de 2010

Manuel AlegreCoimbra será sempre para mim a cidade dos sonhos. A cidade de uma geração que sonhou libertar e mudar Portugal. Não apenas pela intervenção política. Mas também pela intervenção cultural, pelo teatro, pela poesia, pela música.

 

A geração que fundou o CITAC e deu projecção nacional e internacional ao TEUC. A geração da guitarra de António Portugal, da viola de Rui Pato, das baladas de José Afonso e das trovas de Adriano Correia de Oliveira. A geração de onde sairia António Arnaut para mais tarde fundar o Serviço Nacional de Saúde.

 

Para mim Coimbra, é também a lição de três referências fundamentais: Paulo Quintela e a lição da língua portuguesa; Fernando Valle e a lição da fraternidade e da tolerância; Miguel Torga e a lição da liberdade e da portugalidade.

 

E por isso eu lembro hoje essa Coimbra, não com saudades do passado, mas com saudades do futuro que todos então sonhámos. E é em nome desse sonho que venho dizer-vos, sem ambiguidades, que não serei candidato a qualquer preço.

 

Não serei candidato para renegar os meus valores, a minha vida e as minhas convicções. Quem quiser apoiar-me terá de apoiar-me tal como sou.

 

Sou um republicano para quem a ética republicana não se funda apenas na lei, mas na consciência e no comportamento.

 

Sou um socialista para quem o socialismo, antes de ser uma ideologia e um projecto de poder, é uma ética e um humanismo.

 

Sou um democrata para quem a democracia deve ser uma vivência transparente e não um jogo obscuro de poder pelo poder.

 

Sou um patriota para quem Portugal não é um sítio, mas uma história, uma língua, uma cultura, uma identidade.

 

Não me candidato para promover a queda de governos, nem para governar por interposta pessoa, mas para inspirar o cumprimento do projecto que está inscrito na Constituição : democracia política, democracia económica, democracia social.

 

Mas também uma cidadania moderna alargada à multiplicidade de identidades, à inclusão, ao reconhecimento da participação política aos não nacionais, à não discriminação das pessoas com incapacidades, à protecção das pessoas em situação de dependência, aos novos direitos surgidos dos avanços científicos e tecnológicos, aos novos direitos emergentes, como o direito à segurança vital (água potável, energia, alimentação), bem como o direito à protecção do ambiente, à diversidade de orientação sexual e ao desenvolvimento pessoal.

 

Portugal está a viver um clima de suspeição, insinuação e crispação que contamina a saúde da República.

 

Há que repor rapidamente a normalidade democrática, a cooperação institucional, o primado do interesse nacional sobre o excesso de tacticismo, de cálculo e de intriga política.

 

A estabilidade é hoje um factor estratégico para o país enfrentar a grave crise económica e financeira. Tal só é possível restabelecendo a confiança, a serenidade, a transparência e a ética pública como fundamento da Democracia.

 

Os portugueses querem um país justo e limpo, um país decente, onde as instituições funcionem, o governo governe, a Assembleia legisle e fiscalize e o Presidente da República zele pelo cumprimento da Constituição e dos princípios fundamentais do Estado de Direito.

 

Passados menos de quatro meses sobre a realização de eleições, os portugueses não compreendem que se esteja a viver uma crise política, que é sobretudo de credibilidade e confiança, em vez de se procurar resolver as dificuldades que enfrentam no dia a dia: o desemprego, as falências, a precariedade, a falta de meios para pagar a casa, a escola e a alimentação dos filhos.

 

Há cerca de três dias, num programa de Televisão sobre as dificuldades dos precários, um dos entrevistados definiu a sua geração da seguinte maneira: “Geração nem nem, nem trabalho, nem futuro”.

 

Fiquei profundamente chocado e revoltado. Porque não foi este o Portugal que nós sonhámos. Não foi por um Portugal assim que nós lutámos.

 

É preciso mudar. Mudar o sentido da política. Mudar o conteúdo da Democracia, para criar em Portugal, como defendia o grande António Sérgio, as condições concretas da liberdade.

 

Porque não é possível um país onde os jovens sentem que não têm lugar.

 

Não é possível um país onde os jovens dizem, como outro dos entrevistados disse, que são a geração perdida.

 

E por isso, como costumava dizer Miguel Torga, “é preciso ser contra isto para ser por isto”.

 

É esse o sentido da minha candidatura: o país, as pessoas, o bem comum.

 

Nunca confundi política com negócios, nem nunca pus projectos pessoais ou de partido acima dos superiores interesses do país e da democracia.

 

Nunca sacrifiquei os valores essenciais que sempre pautaram a minha conduta: o sentido da honra, da integridade e do serviço desinteressado à causa pública.

 

Lembro-me bem de como era viver sem democracia, sem imprensa livre nem tribunais independentes, sem oposição e com a economia reduzida a meia dúzia de grupos económicos enfeudados a um só homem.

 

Só quem não viveu esses tempos - ou não sabe o que foram esses tempos – pode afirmar que hoje não há liberdade de expressão em Portugal. Há liberdade, felizmente há liberdade.

 

É uma conquista que deve ser protegida, consolidada e acarinhada, com abertura, tolerância, respeito pela diferença e intransigência perante qualquer tentativa de abuso, condicionamento ou controlo da comunicação social.

 

Trata-se de um princípio que deve estar inscrito no código moral de qualquer democrata e sobretudo de todos os socialistas, dado o capital único do PS na defesa da liberdade e na construção da democracia em Portugal.

 

Mas a liberdade de informar não pode ser sinónimo de devassa. A lealdade de qualquer jornalista que se preze deve ser para com a verdade dos factos. É uma função essencial ao normal funcionamento da democracia. Os limites são conhecidos, estão definidos na lei e devem ser respeitados por todos.

 

Há princípios constitucionais que consubstanciam o espírito do 25 de Abril e constituem os pilares do Estado de Direito: subordinação do poder económico ao poder político democrático; autonomia e independência da comunicação social; separação do poder político, do poder legislativo e do poder judicial.

 

Sempre me opus e oporei às promiscuidades que resultam da subversão destes princípios.

 

Qualquer uma dessas promiscuidades contamina a saúde da República.

 

É o caso, por exemplo, da promiscuidade entre a justiça, a política e a comunicação social.

 

Quando a Justiça não funciona cai-se no justicialismo. E o justicialismo substitui os tribunais pela praça pública. Sempre que tal acontece é a própria justiça que está em causa. E com ela o Estado de Direito.

 

Não há segredo de justiça quando a justiça não funciona. Ou quando alguns dos agentes fundamentais do sistema judicial se convencem de que a justiça não funciona e decidem passar, eles próprios, à acção, arvorados em justiceiros.

 

Essa é outra perigosa tentação. Sabe-se como começa, não se sabe onde acaba.

 

Ninguém está acima da lei. E ninguém está acima da crítica. Nem governo, nem parlamento, nem Presidente, nem justiça, nem comunicação social. Cada um deve cumprir a sua função numa lógica de serviço público, não numa lógica conspirativa ou justicialista.

 

Portugal enfrenta uma crise que não é apenas orçamental, é económica e social, com causas externas e causas nacionais. Umas frases infelizes de Joaquim Almunia e as notações negativas das agências de rating fizeram com que Portugal possa perder centenas de milhões de euros só de juros a mais. Sublinhe-se que estas agências, que já se enganaram na crise de 2007, não estão abrangidas por nenhum regime de responsabilidade jurídica. Podem sujeitar um país a sacrifícios incalculáveis. E nada lhes acontece. Já não se trata de economia de mercado. Trata-se pura e simplesmente de ditadura do mercado. Parece, aliás, que nada se aprendeu com a crise que está longe de ter sido ultrapassada. Toda a gente sabe que a crise foi provocada pela especulação de um sistema financeiro não controlado. Mas um cidadão desprevenido que oiça agora certos economistas e analistas fica com a sensação de que a culpa é sua. A culpa é sua e de outros cidadãos que reclamaram aumentos de salários, saúde pública, enfim, privilégios impossíveis de assimilar por um sistema que teria funcionado bem se não fosse a loucura dos cidadãos que reclamam os seus direitos.

 

Eles aí estão outra vez, os mesmos tecnocratas do sistema. Com as mesmas receitas e a mesma arrogância de sempre.

 

Criticaram-me por eu ter dito que era preciso outra economia. E até me acusaram de não saber de economia. Mas a economia que nos conduziu ao desemprego, às desigualdades e à precariedade não é a economia que precisamos de saber.

 

A economia que fecha todos os dias fábricas e empresas, que estimula o consumismo desenfreado e que provoca cada dia novos sobre-endividados não é a economia que precisamos de saber. Já estamos cansados desta economia em que os lucros são sempre privados e as perdas são sempre socializadas.

 

A economia que precisamos de saber é outra. É a economia que permite a uma família de desempregados sobreviver com dignidade. É a economia de quem partilha e é capaz de multiplicar valor sem exploração e sem subsidiodependência. É a economia de quem sabe criar emprego, inovar e valorizar as suas empresas e os seus trabalhadores. Precisamos de outra economia.

 

Outra economia que é talvez a que levou um homem que foi operário e é hoje presidente do Brasil, a acreditar e conseguir o que outros não conseguiram: fazer com que os seus compatriotas vivam melhor. Também Lula da Silva foi acusado de não saber de economia. Mas afinal parece que ele é que sabia. Sabia de outra economia.

 

Uma economia voltada para as pessoas. É essa que nos interessa. É essa de que precisamos.

 

Em democracia só é possível liderar pelo exemplo. A nossa República padece de um excesso de tacticismos. Não é um bom exemplo, nem uma forma sã de liderança.

 

Há cargos que são um encargo e um risco. Não podem ser um refúgio de silêncios pendentes, nem de cálculo pessoal.

 

Vivemos um momento difícil, que deve ser enfrentado com palavras claras e uma atitude inspiradora, em vez de manobras de bastidores que apenas agravam a crise instalada. Por vezes interrogo-me se uma certa forma de distanciamento tem com objectivo ajudar a ultrapassar a crise ou capitalizar com ela. Em democracia há sempre soluções para as crises, desde que exista vontade de as vencer. Cabe aos órgãos de soberania e aos partidos políticos promover a necessária clarificação.

 

Como disse um clássico (Tocqueville) “ As sociedades políticas não são as leis feitas, mas as ideias, as crenças e os sentimentos dos homens que as lideram”.

 

É nesse sentido que eu penso que a próxima eleição presidencial se reveste de capital importância. É através dela que se pode operar no país uma mudança. Pelas ideias, pelo exemplo, pelo projecto. O resultado da próxima eleição presidencial pode traduzir-se num avanço ou numa regressão.

 

Não só para o PS, não só para a esquerda, mas para todos aqueles que defendem uma cidadania mais avançada, mais aberta, mais justa e mais exigente.

 

Sei bem o que é preciso para ganhar. É um combate difícil. Mas a vitória é possível.

 

Não com base na desunião ou numa falsa unidade de propósitos.

 

Não se confundirmos questões pessoais com questões políticas.

 

Não se houver quem esteja mais empenhado em patrocinar candidatos contra a minha candidatura do que em derrotar o candidato da direita. O ressentimento nunca foi um motor para a vitória.

 

É tempo de saber quem quer unir e quem quer dividir.

 

É tempo de saber quem quer ganhar e quem quer apenas ajustar contas e atrapalhar.

 

Nós não nos enganamos de combate.

 

Nós não nos enganamos de adversário.

 

Nós não estamos aqui por azedume nem por interesse pessoal.

 

Estamos aqui por ideal democrático, estamos aqui pela esquerda dos valores, estamos aqui por fidelidade ao combate de toda a vida.

 

A todos nós exige-se bom senso, espírito construtivo e um grande sentido da responsabilidade.

 

Para superarmos as nossas diferenças em nome do que é essencial.

 

Para construirmos a unidade que é o primeiro passo para a vitória.

 

Eu acredito que é possível e é por isso que estou aqui. Tal como sou, com uma independência que não tem preço e com princípios que não são negociáveis.

 

Como um homem livre apoiado por homens e mulheres livres, determinado a lutar e a vencer, com todos vós, por uma nova esperança para a República e para Portugal.

 

19 de Fevereiro de 2010

Manuel Alegre

um uivo de Luis Novaes Tito às 01:49

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